Revista de Psicoanálisis




Datos del documento:

Título:Fanatismo: una salida posible a la incidencia de la realidad traumática1
Autor(es):
Fecha de Edición:2023
Páginas:p. 263-286
Notas:Notas sobre este artículo: Pertenece a la parte: Premio Baranger-Mom
Descriptores:
Volumen y Número:2023|Volumen 80 - Nro. 12
Cita bibliográfica:
Derechos:Material digitalizado con exclusivos fines de preservación y difusión del conocimiento académico producido en la Institución. Su utilización debe ser acompañada por la cita bibliográfica con reconocimiento de la fuente.
Resumen:El presente trabajo aborda el tema del fanatismo. Se enmarca en el contexto del requisito de escritura de monografía de la formación psicoanalítica de la Asociación Psicoanalítica Argentina. Se comienza con una aproximación al concepto desde una perspectiva psicoanalítica a nivel individual y a nivel de masa. Se ubican los textos freudianos que sirven de apoyatura para pensar el fenómeno.La hipótesis que guía el trabajo se basa en pensar a la desmentida como mecanismo subyacente al fenómeno fanático. Se desarrollan los fundamentos teóricos que sostienen la hipótesis principal: el fanatismo puede ser pensado como un fenómeno que adviene debido a una escisión que ocurre en el Yo, con el fin de evitarla; y que ese fenómeno funciona de modo parcial, como un enclave dentro del aparato psíquico donde convive con otras formas de funcionamiento. Como apoyatura se incluyen y desarrollan escritos de autores que trabajaron el tema desde diferentes perspectivas psicoanalíticas además de una breve mención de material clínico. La idea compartida por estos autores es que el fanatismo es un rasgo que no alcanza a la totalidad del individuo sino que consiste en una parte fanatizada de la personalidad o un modo de funcionamiento que emerge en determinados momentos y en ciertas circunstancias. El fin de tal funcionamiento es estabilizar el aparato psíquico y sostener la unidad yoica. Entre otros conceptos psicoanalíticos que permiten explicar el fanatismo se aborda la importancia de la estructuración psíquica y sus devenires. Se concluye con una descripción y reflexión en relación con el contexto de pandemia en el que se realizó el trabajo y que motivó el estudio del fenómeno. Contexto donde se desmiente la incidencia de la realidad traumática (la enfermedad en este caso) frente a la cual se vieron reacciones fanatizadas que desconocieron los efectos de esa realidad que se imponía y, en definitiva, de los límites que impone la castración.
Abstract:Fanaticism: a possible way out of the impact of traumatic reality. This paper addresses the issue of fanaticism in the context of the writing of monographs as a requirement for psychoanalytic training at the Argentine Psychoanalytic Association. It begins with an approach to the concept from a psychoanalytic perspective at both individual and mass levels. Freudian texts that serve as support to think about this phenomenon are pointed out. The basic hypothesis is that the underlying mechanism of the phenomenon of fanaticism is disavowal. Fanaticism can be conceived as a phenomenon derived from a split that occurs in the ego, in order to avoid it; and this phenomenon functions in a partial way, as an enclave within the psychic apparatus, where it coexists with other ways of functioning. By way of complementation, writings of authors who dealt with the subject from different psychoanalytical perspectives are included and developed, in addition to a brief mention of clinical material. The common idea of these authors is that fanaticism is a trait that does not reach the whole individual, but consists of a fanaticized part of the personality or a mode of functioning that emerges at certain moments and in certain circumstances. Its purpose is to stabilize the psychic apparatus and to sustain the unity of the ego. Among other psychoanalytic concepts that allow explaining fanaticism, the importance of psychic structuring and its evolution is examined. The paper concludes with a reflection linked to the context of the pandemic in which the work was carried out and which motivated the study of the phenomenon. This context disavowed the impact of the imposing traumatic reality (the disease, in this case), in the face of which the fanatized reactions were unaware of its effects and, ultimately, of the limits imposed by castration.
Resumo:Fanatismo: uma saída possível à incidência da realidade traumática. O presente trabalho aborda o tema do fanatismo. Enquadra-se no contexto da exigência da escritura de monografia da formação psicanalítica da Associação Psicanalítica Argentina. Inicia com uma aproximação ao conceito desde uma perspectiva psicanalítica em nível individual e em nível de massa. Localizam-se os textos freudianos que servem de apoio para pensar o fenômeno. A hipótese que guia o trabalho está baseada em pensar o desmentido como mecanismo subjacente ao fenômeno fanático. Desenvolvem-se os fundamentos teóricos que sustentam a hipótese principal: o fanatismo pode ser pensado como um fenômeno que advém devido a uma cisão que ocorre no ego com a finalidade de evitá-la; e que esse fenômeno funciona parcialmente, como um enclave dentro do aparato psíquico onde convive com outras formas de funcionamento. Como apoio, incluem-se e se desenvolvem escritos de autores que trabalharam o tema desde diferentes perspectivas psicanalíticas, além de uma breve menção de material clínico. A ideia compartilhada por estes autores é que o fanatismo é característica que não alcança à totalidade do indivíduo, senão que consiste em uma parte fanatizada da personalidade ou um modo de funcionamento que emerge em determinados momentos e em determinadas circunstâncias. A finalidade desse funcionamento é estabilizar o aparato psíquico e sustentar a unidade egóica. Entre outros conceitos psicanalíticos, que permitem explicar o fanatismo se aborda a importância da estruturação psíquica e seus devenires. Conclui-se com uma descrição e reflexão em relação com o contexto da pandemia no qual foi realizado o trabalho e o que motivou o estudo do fenômeno. Contexto onde se desmente a incidência da realidade traumática (a doença, neste caso) diante da qual se observaram reações fanatizadas que desconheceram os efeitos dessa realidade que se impunha e, definitivamente, dos limites impostos pela castração.